Entre a face perdida e o gesto oculto
Desdobram-se fugazes luzes da memória
Nas órbitas dos olhares mais sombrios
Toda sombra delineia uma outra realidade
Na quietude morna de amores passados
O delírio é o vórtice entre a luz e a sombra
É o brilho inaugural das antigas primaveras
Que no silêncio das cores eterniza os dias
Deixados em agonia pela ausência da luz
Na medida abstrata de todas as saudades
O sol reconstrói os espaços desertos
Como o artífice cego molda o imaginário.
(Mr. Sergius)
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